Por um bom tempo em minha vida,fechava os olhos e via uma estrada longa e deserta, tipo “route 66".Mas não bastava querer.Nem sempre ela aparecia.Às vezes a estrada tinha vegetação.Em outras, apenas o chão, seco e duro.Algumas vezes vi nuvens, outras céu claro. Faz tempo que não vejo essa estrada.Acho que nossa trajetória na vida se parece com uma viagem numa estrada assim.Nem sempre ensolarada, às vezes nublada, às vezes seca, outras fértil.Mas sempre nos deixa marcas.Reflexos em nossa jornada.
Friday, May 12, 2006
D E P R E S S Ã O
Tudo muito colorido no início
Luzes sons, risos, até gargalhadas
Qualquer coisa era motivo para grandes festas
Passado esse primeiro momento,
Já não se ouviam tantos risos.
As cores já começavam a desbotar
No lugar das luzes
Leve penumbra já se anunciava
Em lugar de festas,
Trabalho braçal...
Até que as cores
Antes desbotadas,
Desapareceram sem deixar lembranças
Não havia risos,
Choro também não havia
O que era trabalho
Tornou-se invalidez
E as luzes, essas sumiram
Restando apenas
A desesperança e a escuridão.
Monday, May 01, 2006
A PALAVRA NA ERA DA IMAGEM
Temos ouvido por ai que uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas a palavra ainda conserva o seu lugar no papel de agente de comunicação entre os seres humanos. É bem verdade que as palavras podem ter seus significados modificados e até distorcidos no que diz respeito à oralidade e sofrer verdadeiras transformações nesta era de comunicação via internet, onde os códigos são completamente estranhos ao que seria considerado comum e normal a algum tempo atrás. E é justamente aí que a palavra exerce o seu fascínio. Com ela podemos criar sentidos dúbios, sutilezas, dar margens às mais variadas interpretações.
Com a imagem isso raramente acontece, salvo em casos de ilusão de ótica ou desfoque, talvez. De um modo geral, o que vemos é fato indiscutível. A imagem de um acontecimento veiculada pela televisão, por exemplo, terá sempre, ou quase sempre, o mesmo significado.
É claro que existem também aquelas imagens que são obras de arte e nos sensibilizam, porém sempre encontramos alguma palavra para expressar o que aquela imagem nos transmite. Mas ao olharmos para um substantivo grafado, imediatamente nos vem à mente a imagem que aquela palavra representa. Tal fato não ocorre não ocorre quando olhamos para um ser em relação ao seu nome.
A palavra escrita ou falada, pode servir de complementação à uma imagem, tanto é que a mídia está sempre se valendo de tais recursos para enriquecer ainda mais as mensagens que se pode transmitir.
Vale lembrar que nos primórdios da humanidade, o homem valeu-se das imagens desenhadas em cavernas para comunicar-se com os seus semelhantes. E acredita-se que davam o recado. Mas fez-se necessária a invenção da escrita.
Além desses aspectos, há também hoje em dia um fenômeno que poderíamos chamar de supervalorização da imagem pessoal. As pessoas lutam para obter um visual impecável, mas será que um corpo perfeito e um lindo rosto com uma boca irretocável e incapaz de proferir palavras com profundos significados têm lá todo esse valor? É claro que a imagem causa impacto. Pode-se valer das cores, formas, tamanhos, contrastes, enfim, tudo o que pode gerar em nós uma certa reação de agrado ou desagrado, dependendo do que é colocado diante dos nossos olhos. Mas supervalorizar a imagem em detrimento da palavra, talvez nos remetesse a um retrocesso que nos faria lembrar a pré-história, antes da invenção da escrita.
A imagem tem seu valor, sim, mas é fato indiscutível que quando usada no momento certo, a palavra pode valer tanto ou mais do que mil imagens..
Com a imagem isso raramente acontece, salvo em casos de ilusão de ótica ou desfoque, talvez. De um modo geral, o que vemos é fato indiscutível. A imagem de um acontecimento veiculada pela televisão, por exemplo, terá sempre, ou quase sempre, o mesmo significado.
É claro que existem também aquelas imagens que são obras de arte e nos sensibilizam, porém sempre encontramos alguma palavra para expressar o que aquela imagem nos transmite. Mas ao olharmos para um substantivo grafado, imediatamente nos vem à mente a imagem que aquela palavra representa. Tal fato não ocorre não ocorre quando olhamos para um ser em relação ao seu nome.
A palavra escrita ou falada, pode servir de complementação à uma imagem, tanto é que a mídia está sempre se valendo de tais recursos para enriquecer ainda mais as mensagens que se pode transmitir.
Vale lembrar que nos primórdios da humanidade, o homem valeu-se das imagens desenhadas em cavernas para comunicar-se com os seus semelhantes. E acredita-se que davam o recado. Mas fez-se necessária a invenção da escrita.
Além desses aspectos, há também hoje em dia um fenômeno que poderíamos chamar de supervalorização da imagem pessoal. As pessoas lutam para obter um visual impecável, mas será que um corpo perfeito e um lindo rosto com uma boca irretocável e incapaz de proferir palavras com profundos significados têm lá todo esse valor? É claro que a imagem causa impacto. Pode-se valer das cores, formas, tamanhos, contrastes, enfim, tudo o que pode gerar em nós uma certa reação de agrado ou desagrado, dependendo do que é colocado diante dos nossos olhos. Mas supervalorizar a imagem em detrimento da palavra, talvez nos remetesse a um retrocesso que nos faria lembrar a pré-história, antes da invenção da escrita.
A imagem tem seu valor, sim, mas é fato indiscutível que quando usada no momento certo, a palavra pode valer tanto ou mais do que mil imagens..
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